O estudo de caso proposto é de um aluno chamado Pedro, 9 anos, cursando o 4º ano do ensino fundamental em uma escola pública de tempo integral. Desde os primeiros anos da alfabetização, seus professores perceberam que ele apresentava dificuldades acima do esperado para a sua faixa etária, especialmente nas atividades de leitura e escrita.

Apesar de ser um menino curioso, participativo e verbalmente muito expressivo, Pedro demonstra grande resistência ao realizar tarefas que envolvam a decodificação de palavras, leitura em voz alta e produção de textos escritos. Com frequência, ele troca letras com sons semelhantes (como “f” por “v” e “p” por “b”), inverte a ordem de letras em palavras (escreve “louvro” em vez de “livro”), e apresenta escrita bastante irregular e com ortografia instável. Durante as atividades em grupo, ele se destaca em oralidade, criatividade e raciocínio lógico, mas se retrai quando precisa ler algo em voz alta ou expor por escrito suas ideias.