VOCÊ ESTÁ PREPARADO?

Nas próximas páginas, você será DESAFIADO! Como futuro profissional da área de engenharia, queremos que você desenvolva habilidades essenciais para a sua jornada, como: analisar, sistematizar, refletir e tomar decisão. Uma aprendizagem ativa relevante é relacionada à nossa vida, aos nossos projetos e expectativas. E nisso, o aprendizado em Fundição e Soldagem é excelente! Analisar e interpretar os desafios da vida real para a tomada de decisão, transformando-os em um objeto de estudo que permita a aplicação de conceitos de tecnologia na vivência prática de concepção de projetos.

 

O objetivo deste desafio é provocar o seu senso de interpretação, buscando os fundamentos necessários à explicação e compreensão das questões propostas, conectando o conteúdo de Fundição e Soldagem à realidade de uma determinada indústria. Além disso, este desafio proporciona autonomia para que você seja capaz de organizar suas atividades mentais, de modo a desenvolver não somente o que compete às suas atribuições como estudante, mas também como futuros profissionais.

 

Nossa atividade está dividida em três etapas que deverão ser feitas individualmente. Você será desafiado, primeiramente, a determinar os principais processos de fundição encontrados na indústria. Em seguida, irá descrever realizar um experimento de fundição usando o processo de molde de areia verde, e finalmente, discutir sobre algumas características do processo de fundição. Assim, seus conhecimentos serão colocados à prova! Você está preparado? Vamos lá!

 


 

INTRODUÇÃO A FUNDIÇÃO

 

A fundição é um dos processos mais antigos de transformação de metais, com uma história que remonta a milhares de anos. Sua descoberta e aprimoramento desempenharam um papel fundamental no avanço tecnológico e no desenvolvimento das civilizações, possibilitando a criação de ferramentas, armas, artefatos e estruturas essenciais para o progresso humano.

 

Origens da Fundição

Os primeiros indícios de fundição de metais datam de aproximadamente 5000 a.C., na Idade do Cobre. Povos antigos, como egípcios, mesopotâmicos e chineses, começaram a aquecer minérios em fornos rudimentares para extrair cobre. A capacidade de moldar o metal líquido em formas específicas revolucionou a produção de ferramentas e armas, iniciando uma nova era tecnológica.

 

Por volta de 3500 a.C., surgiu a fundição do bronze, resultado da combinação entre cobre e estanho. Essa liga mais resistente permitiu o desenvolvimento de instrumentos mais eficientes, impulsionando o avanço das civilizações da Idade do Bronze. Com o tempo, os processos de fundição foram refinados, possibilitando a criação de objetos ornamentais, esculturas e utensílios domésticos.

 

Evolução na Idade do Ferro

Com a chegada da Idade do Ferro, por volta de 1200 a.C., a fundição deu um grande salto tecnológico. Esse período demandou fornos mais avançados, capazes de atingir temperaturas superiores às utilizadas para fundir cobre e bronze. A adição de carbono ao ferro levou à produção do aço, um material mais resistente e durável, que teve impacto significativo na fabricação de ferramentas, armas e estruturas.

 

Desenvolvimento na Idade Média e Renascimento

Durante a Idade Média, a fundição se aprimorou ainda mais com a invenção do alto-forno, inicialmente desenvolvido na China e posteriormente adotado na Europa. Esse avanço permitiu a produção em larga escala de ferro fundido, contribuindo para a evolução da metalurgia. Além disso, a técnica de moldagem em areia começou a ser utilizada, elevando a precisão e a qualidade das peças fundidas.

 

No Renascimento, o ressurgimento do conhecimento científico levou a inovações na fundição. A invenção da tipografia por Johannes Gutenberg, que utilizava caracteres metálicos fundidos, revolucionou a disseminação do conhecimento. Artistas renomados, como Benvenuto Cellini, também aplicaram a fundição de precisão para criar esculturas em bronze altamente detalhadas.